quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Ninho (Parte II)


Assim que fiz o poema há alguns meses atrás (março/09)e o postei no blog, para meu desapontamento o casal de rolinhas partiu.
Abandonaram o ninho ainda sem ovos. Porém, na primeira semana de agosto ao tentar regar o mesmo vaso de samambaia, advinhem quem reencontro: uma das rolinhas em seu já conhecido 'nicho'. Não sei há quanto tempo lá estava. No domingo, não me aguentei de curiosidade, peguei uma cadeira e me certifiquei: Sim, havia dois ovos! E eis que hoje (quarta-feira - 05/08), eu e meu filho caçula estávamos sentados em nossas cadeiras amarelo-sol, e de repente ela resolve sair do ninho-vaso-de-samambaia com a metade da casca de um ovinho no bico. Estava fazendo a faxina! Ficamos apreensivos. Nasceram? Estão vivos? Aproveitando a ausência da mãe, subo novamente na cadeira e... que emoção! Havia um filhotinho, frágil, lindo! O outro ovo estava ainda intacto. Nesse momento chega a mãe, ameaçadora. Como mãe que sou, conheço bem o poder de uma mãe quando percebe algo desconhecido, talvez perigoso rondando suas crias. Respeitei-a e imediatamente, desci!
Ela não mais se afastou do ninho, nem eu tive coragem de me aproximar.
Me senti plena apenas observando a vida se renovar. Na minha garagem, dentro do vaso de samambaia. Se a felicidade existe? Claro, precisa uma prova maior que essa? Se Deus existe? Sim, Ele se manifestou dentro de mim naquele instante sob a forma de amor, doçura e singeleza. Eu não precisava de mais nada para ser feliz.