sábado, 10 de setembro de 2011

Setembro, é o meu mês. Treze (13) é o meu dia

Estou às vésperas de mudar de idade. Sou feliz, sinto-me realizada profissionalmente, sou mãe, esposa e amiga.

sábado, 26 de junho de 2010

Cajuína

Essa música é mais uma das belezas produzidas por Caetano: Sensibilidade.
Poesia. Amizade. Dor da saudade. Ritmo. Encanto...

Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina

domingo, 4 de abril de 2010

Femininos


A flor e a mão da mulher
Encontro de femininos do sertão
A flor é de cacto
A natureza, humana
Meus olhos absorvem
Refletem as intensidades
se inebriam fartos
Em uma tarde abençoada.

Fotografia: Maria de Fátima Garcia

domingo, 8 de novembro de 2009

Olá, simplesmente OLÁ!



Olá amigos,
Saudades de todos!
Para um Internaut não existe distância. O tempo e o espaço são virtuais. Nos encontramos sempre. Mesmo assim, amo o encontro presencial, quando então posso olhar as pessoas nos olhos, compartilhar momentos, conversar...
Hoje estou morando a 3000Km de Campinas (SP), minha cidade adotada e a 4.200Km da minha cidade natal, Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Estou sendo adotada novamente. Vivo e trabalho em Caicó, Rio Grande do Norte. Estou feliz. Novos e maravilhosos amigos. Estamos nos conquistando mutuamente. Tenho um trabalho que me preenche, me faz feliz e realizada a cada dia. Passo minha vida em revista e constato que o mundo realmente é uma bola. Nele vamos rolando e nos encontrando. Percebo que todos os lugares são bons de se viver. As pessoas, são hospitaleiras - dependendo de como nos oferecemos a elas. Se nos fechamos, as afastamos. Se lhes oferecemos o que temos de melhor, também elas nos dão o melhor que podem. O desconhecido logo se torna familiar. Lugares ruins devem ser os lugares de conflito, de guerra, de tiroteios. Lugares de fome, onde falta alimento para o corpo e para a alma.
Ademais, o Brasil é bonito demais. Seja no Pantanal onde nasci, na floresta de pedra, que é o coração de São Paulo ou na floresta de caatinga que é o semi-árido nordestino onde moro. Cada lugar tem sua beleza, sua estética. Depende de como nos relacionamos com tais espaços e de que sentidos construímos para nós próprios e para as pessoas que vivem ao nosso redor.
Penso que é assim que nos fazemos felizes.
Fotografia: Luiz Felipe Garcia Vilhete d´Abreu (no dia de seu 11º.aniversário).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Ninho (Parte II)


Assim que fiz o poema há alguns meses atrás (março/09)e o postei no blog, para meu desapontamento o casal de rolinhas partiu.
Abandonaram o ninho ainda sem ovos. Porém, na primeira semana de agosto ao tentar regar o mesmo vaso de samambaia, advinhem quem reencontro: uma das rolinhas em seu já conhecido 'nicho'. Não sei há quanto tempo lá estava. No domingo, não me aguentei de curiosidade, peguei uma cadeira e me certifiquei: Sim, havia dois ovos! E eis que hoje (quarta-feira - 05/08), eu e meu filho caçula estávamos sentados em nossas cadeiras amarelo-sol, e de repente ela resolve sair do ninho-vaso-de-samambaia com a metade da casca de um ovinho no bico. Estava fazendo a faxina! Ficamos apreensivos. Nasceram? Estão vivos? Aproveitando a ausência da mãe, subo novamente na cadeira e... que emoção! Havia um filhotinho, frágil, lindo! O outro ovo estava ainda intacto. Nesse momento chega a mãe, ameaçadora. Como mãe que sou, conheço bem o poder de uma mãe quando percebe algo desconhecido, talvez perigoso rondando suas crias. Respeitei-a e imediatamente, desci!
Ela não mais se afastou do ninho, nem eu tive coragem de me aproximar.
Me senti plena apenas observando a vida se renovar. Na minha garagem, dentro do vaso de samambaia. Se a felicidade existe? Claro, precisa uma prova maior que essa? Se Deus existe? Sim, Ele se manifestou dentro de mim naquele instante sob a forma de amor, doçura e singeleza. Eu não precisava de mais nada para ser feliz.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A Verdade (Carlos Drummond de Andrade)

A porta da verdade estava aberta,
Mas só deixava passar
Meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
Porque a meia pessoa que entrava
Só trazia o perfil de meia verdade,
E a sua segunda metade
Voltava igualmente com meios perfis
E os meios perfis não coincidiam verdade...
Arrebentaram a porta.
Derrubaram a porta,
Chegaram ao lugar luminoso
Onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
Diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual
a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela
E carecia optar.
Cada um optou conforme
Seu capricho,
sua ilusão,
sua miopia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Música: TOCANDO EM FRENTE (Almir Sater e Renato Teixeira)

A letra desta música reflete o meu caminhar pela vida. Porém, o momento pessoal e profissional que vivencio faz com que os sentidos que emanam dos versos e da vida se alinhem ainda mais. Em alguns momentos me perco imaginando como os poetas e músicos conseguem capturar a essência da subjetividade humana, transformá-la em signos de sensibilidade e retratar aspectos da vida. Como se eles tivessem elaborado um poema e uma composição musical para mim. Somente para mim. (Este 'para mim' se traduz em 'para você', para cada um que está lendo-me e que tem a sensação que a música é o tema de algum momento de sua vida, pois tudo se encaixa à estrada que você percorre, à estrada que você é...
Deixo com vocês a maravilhosa Maria Bethânia para interpretar esse hino à vida!